“O prazer espiritual de ser povo .”
Um novo ano pastoral inicia-se e
somos convidados a acolher e a viver
um lema que é retirado da Exortação Apostólica do Papa Francisco
Evangelii Gaudium (A Alegria do
Evangelho, na tradução portuguesa).
Assim como as
nossas crianças
e adolescentes
entraram em
mais um ano letivo,
com os sentidos
atentos à descoberta
e à aprendizagem
e com
cadernos novos
ávidos de sabedoria e de partilha,
também desejamos vê-los chegar,
com uma vontade e alegria inabaláveis,
para retomarem o seu lugar
na nossa bela caminhada comunitária
neste novo ano catequético.
Um ano inteiro para, de corpo e
alma, nos entregarmos à Missão que
Jesus nos confia de tomarmos conta
de todos.
De facto, só Jesus pode
fazer-nos este convite porque Ele é o
verdadeiro caminho e é o Seu amor
infinito que nos reúne.
Jesus conhece bem o nosso coração e
ajuda-nos a fazer festa para celebrarmos
a grande alegria de estarmos
juntos e na presença uns dos outros,
como Povo amado e escolhido.
Todos temos agendas pessoais e
familiares preenchidas, compromissos
escolares e profissionais, limites
de tempo e de energia mas, como
Cristãos, não podemos esquecer-nos
de que Jesus está presente em
todos os momentos, nos espaços
geográficos e afetivos em que nos
movemos, sejam eles a casa e a
família; a escola ou o trabalho e as
pessoas com quem, nesses lugares,
partilhamos os nossos dias; sejam
ainda os transportes, o supermercado,
a biblioteca, o café, o jardim…;
sejam também evidentemente a
Igreja e a comunidade paroquial
que aqui, nas Antas, formamos.
A Missão que
Jesus pede ao Seu
Povo que somos
concretiza-se em
coisas muito simples
como: estar
disponível, participar
nos momentos
de encontro,
aprender a escutar,
aprender a intervir, saber aceitar
e perdoar, deixar-se envolver e iluminar
pelo amor, ver Jesus presente
em cada pessoa e ajudar cada
pessoa a fazer essa maravilhosa
descoberta de ter Jesus em si.
Isso não é fácil porque temos de
nos envolver com os problemas
reais das pessoas, ficar perto delas e
não nos limitarmos à falsa muralha
de “felizes aparências” com que
mascaramos, às vezes, as nossas
relações. Mas é compensador.
Quando o fazemos, a vida complica-se
sempre maravilhosamente e
vivemos a intensa experiência de
ser povo, a experiência de pertencer
a um povo.
Ana Paula