2.º Domingo: As nossas raízes
O 2.º Domingo da Quaresma apresenta-nos, na 1.ª leitura, a cena do sacrifício de Isaac que, na verdade, é o sacrifício do nosso patriarca Abraão, nosso pai na fé. A promessa da descendência a Abraão, no qual são abençoadas todas as nações da Terra, permite-nos lançar um olhar sobre os nossos ascendentes, sobre os nossos maiores, sobre as nossas raízes familiares e mesmo sobre os que nos precederam na fé e no-la transmitiram.
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2º domingo da Quaresma – 28/02/2021
A família pode reunir-se à volta da mesa, antes da refeição, ou junto do cantinho da oração.
Cântico – “Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor” Pode cantar-se outro cântico conhecido pela família, próprio desta quadra (ou que tenha por tema a família e a sua unidade).
Em alternativa, um dos membros da família poderá declamar o hino que se segue que poderá também ser recitado por todos os presentes, divididos em dois grupos, alternando as estrofes:
Sobe Cristo ao Tabor, Com Pedro, com Tiago e com João E entra na alegria e no esplendor Da Transfiguração.
Seu rosto se ilumina E fala com Moisés e com Elias. Renovam-se na sua luz divina A lei e as profecias.
Tudo é glória no céu. Nunca se viu mais refulgente brilho. “Eis o meu Bem-Amado – disse Deus – Escutai o meu Filho”.
Suspenso da visão, Que torna Deus presente à vida humana, Exulte o amor de cada coração: Louvor a Vós! Hossana!
Durante o canto ou o hino, o elemento mais novo da família, se já for capaz, acende uma vela. Em seguida, todos fazem o sinal da cruz enquanto o/a Guia diz: Introdução G. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. R. Amen. G. Celebrastes connosco, Senhor, uma aliança eterna. R. Renovamos, hoje, o nosso sim!
Invocação
(recitada alternadamente pela família, dividida em 2 grupos)
A Se Deus está por nós, quem estará contra nós?
B Como não havia Deus de nos dar, com Jesus, todas as coisas?
A Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor.
B Bendito sejais para sempre.
Evangelho
G. * Escutemos o santo Evangelho de nosso Jesus Cristo segundo Marcos (9, 2.4-7) Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
Palavra da Salvação.
R. Glória a Vós, Senhor!
Reflexão (facultativa) Os filhos perguntam e os pais respondem.
– Porque terá Jesus subido a um alto monte?
Foi num monte que Deus aceitou o sacrifício de Abraão e Isaac, salvando o filho da promessa e futuro da Aliança; no monte Sinai foi celebrada a aliança com o seu Povo libertado do Egito; a esse monte regressou Elias, para revalidar essa Aliança…
– E que significa a nuvem?
A nuvem, que nos envolve e não se deixa agarrar, indica a presença de Deus, próximo e transcendente: era na nuvem que Deus manifestava a sua presença, quando conduzia o seu Povo através do deserto.
– Que representam Moisés e Elias?
Moisés e Elias, depois de uma quaresma rigorosa, experimentaram a proximidade de Deus que deu a Lei ao seu povo (Moisés) e revalidou a Aliança esquecida (Elias). Na Transfiguração eles puderam, finalmente, contemplar o rosto de Deus na face transfigurada do seu filho muito amado, Jesus.
– Qual é a principal mensagem deste texto?
A mensagem fundamental é que Jesus é o Filho amado de Deus, a quem devemos escutar e seguir para participarmos do seu triunfo pascal.
Responsório Breve
G. Vós aproximastes-vos de Jesus, Mediador da Nova Aliança.
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
G. Quem dera ouvísseis hoje a sua voz: Não endureçais os vossos corações.
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
G. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!
R. Não recuseis ouvir Aquele que vos fala.
Louvor e gratidão
(um membro da família lê a primeira parte e todos respondem):
Porque nos deste a Lei e os Profetas para guiar o Teu povo
– nós Te louvamos, Senhor.
Porque enviaste o teu Filho muito amado como nova e eterna Aliança
– nós Te louvamos, Senhor.
Porque somos uma família que vive e transmite a fé de geração em geração
– nós Te louvamos, Senhor.
G. Porque somos filhos muito amados, rezemos ao Pai, por Cristo, no Espírito:
Pai Nosso...
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Atividade
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1. Retirar da arca o papiro que revela o tesouro que vamos valorizar ao longo da semana: as nossas raízes.
2. Renovar o compromisso de viver a fé em família e de a transmitir de geração em geração.
3. Ver num álbum familiar fotografias dos avós (bisavós, etc.) que nos transmitiram, com a vida, a herança preciosa da fé. Ver quem se parece com quem. Deixar esse álbum no cantinho da oração.
4. Para os mais jovens: fazer a árvore genealógica da família (com fotos, cópias de registos de nascimento e matrimónio…), abrangendo várias gerações.
5. Colocar, junto da cruz, uma imagem (ícone) da Transfiguração de Jesus.
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Bênção
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Se a oração se faz antes da refeição, pode terminar com esta Bênção:
G. Bendito sejas, ó Pai, que nos abençoas com esta refeição que vamos partilhar.
Que ela seja para nós sinal de aliança contigo e da unidade da nossa família. Torna-nos cada vez mais atentos uns aos outros e a todos os irmãos.
Todos fazem o sinal da cruz, enquanto o/a Guia conclui:
G. Em nome do Pai…
Se a oração se faz noutros momentos, pode terminar com esta Bênção, dita pelo(a) Guia, enquanto todos se benzem fazendo o sinal da cruz:
G. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
R. Amen.
Louvavelmente, os pais abençoarão os filhos impondo a mão direita sobre as suas cabeças ou com outro gesto, segundo o costume. Os filhos, agradecidos, poderão beijar a mão de quem os abençoa.