sábado, 13 de junho de 1970

FUNDAÇÃO DA PARÓQUIA


A Igreja de Santo António das Antas


  Quem descesse a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, há 25 anos, encontrava, ao fundo, um campo a monte, onde pastavam ovelhas vindas da Rua Jerónimo de Mendonça, e um horizonte vasto que se estendia até à Serra de Valongo. Nessa altura dizia-se que tinha sido projectada neste mesmo local uma praça de touros, que, felizmente, não chegou a construir-se por não haver quem se aventurasse a tal empresa. Não existia ainda a avenida Fernão de Magalhães e o público mais interessado nela, nada sabia dela. A Praça de Velásquez, e ruas que a rodeiam nem no papel existiam. A rua Naulila poucas casas tinha e as demais ruas, que, constituem esta zona da Igreja das Antas não tinham mais que ela.



  A Paróquia de Santo António das Antas tinha sido criada há pouco -13 de Junho de 1938 -e num esforço notável, orientado por um grupo de católicos conscientes e de boa vontade, construiu a cripta duma Igreja que não pôde edificar-se.

quinta-feira, 1 de janeiro de 1970

ETAPAS IMPORTANTES DA COMUNIDADE

Paróquia de Santo António das Antas Cidade do Porto

Efemérides Paroquiais
13 de Junho de 1935
Um grupo de 7 católicos pede pessoalmente ao Bispo Diocesano D. António Augusto de Castro Meireles a criação duma Paróquia e a construção da Igreja Paroquial na zona das Antas na cidade do Porto

13 de Junho 1936
O referido Bispo Diocesano benze a 1ª pedra da Igreja Paroquial de Santo António das Antas Porto

13 de Junho de 1937
O Prelado Diocesano celebra a 1ª. Missa na cripta da Igreja em Construção

13 de Junho de 1938
Por decreto do mencionado Bispo Diocesano é criada a Paróquia de Santo António das Antas com sede na referida cripta, Actual Centro Social das Antas.

13 de Junho de 1938
Por decreto Episcopal o Padre Crispim Gomes Leite é nomeado Pároco da Paróquia de Santo António das Antas da cidade do Porto

25 de Janeiro 1941
Por decreto do Bispo Diocesano o Padre Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa é nomeado Pároco de Santo António das Antas Porto.

13 de Junho de 1948
O Prelado Diocesano D. Agostinho de Jesus e Sousa Benze  solenemente a primeira pedra da actual Igreja Paroquial de Santo António das Antas cidade do Porto

6 de Junho 1954
O Prelado Diocesano D. António Ferreira Gomes Benze solenemente a Igreja Paroquial de Santo António das Antas iniciando-se assim o culto paroquial com missa solene e assistência do Pontifical

13 de Junho de 1967
O Administrador Apostólico da Diocese do Porto D. Florentino Andrade Silva celebra a dedicação ao Senhor da Igreja Paroquial de Santo António das Antas e Sagra o Altar Maior.

31 de Dezembro de 1967
O Bispo Auxiliar do Porto, D. Alberto Cosme do Amaral, celebra a Sagração dos Altares Menores da Igreja Paroquial de Santo António das Antas Porto.

8 de Dezembro 1985
O Arcebispo Bispo do Porto D. Júlio Tavares Rebimbas Benze solenemente o Santo Cristo entronizado na Capela More da Igreja Paroquial de Santo António das Antas, Porto

25 de Janeiro de 1991
O  Cónego Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa celebra as suas Bodas de Ouro Paroquiais
LAUS DEO 25 JANEIRO 1991

Cidade do Porto Zona das Antas 

Moradores que pediram a criação da Paróquia de Santo António das Antas 
13 de Junho 1935
Padre António Ferreira Botelho – Professor no Liceu Alexandre Herculano 
Dr. António Barbosa – Reitor do Liceu de Alexandre Herculano
António Patoilo – Comerciante
Artur de Sousa Monteiro – Agente Comercial
Eduardo Alves Carneiro – Comerciante
Hernâni Saraiva Padrão – Proprietário
Narciso da Silva Matos – Solicitador

25 de Janeiro de 1991
AD. PERPETUAM REI MEMORIAM 


  A 13 de Junho de 1938, na nossa “mui nobre e leal cidade do Porto”, por decreto episcopal de D. António Augusto de Castro Meireles, era criada a Paróquia de Santo António das Antas, cujo primeiro Pároco foi o Padre Crispim Gomes Leite.
Três anos mais tarde, o saudoso Padre Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa foi nomeado Pároco desta Paróquia, ministério que exerceu até à data do seu falecimento, em 22 de Dezembro de 2003. Por orientação sua, foi erigida a actual Igreja de Santo António das Antas, obra que se iniciou há 60 anos, com a bênção da primeira pedra em 13 de Junho de 1948. Seis anos mais tarde, quando a Igreja ainda “sem frontaria, paredes nuas e descarnadas, sem torre, sem residência paroquial, com portas e soalho de pinho, com altares velhos, com o coro tapado por tijolo” foi benzida e nela se iniciou o culto paroquial, o então Abade das Antas apelava à boa-vontade dos paroquianos, para concluir as obras em falta: “Quero deixar aqui o meu agradecimento a quantos levantaram esta obra, e fazer votos para que dentro de breve tempo não haja nenhum paroquiano que não tenha na sua Igreja Paroquial sangue do que lhe gira nas veias...”
Depois que o Cónego Joaquim partiu para a Casa do Pai, foi nomeado nosso Pároco, por D. Armindo Lopes Coelho, o Padre António José Rodrigues Bacelar. Foi ele o impulsionador das Obras de Reformulação realizadas em diversos espaços da Igreja, nomeadamente, nas Capelas Mortuárias, na Sacristia, na Secretaria e outros locais de apoio ao culto, recentemente concluídas. No entanto, os elevados custos associados a esta intervenção, que a todos veio beneficiar, só poderão ser pagos, uma vez mais, com a generosidade dos paroquianos, especialmente inspirados à partilha, nesta quadra, pela graça de Santo António.

Este ano, assinalaram-se, pois, no dia 13 de Junho, os 70 anos da criação da nossa Paróquia e os 60 anos da bênção da primeira pedra da actual Igreja.
A Paróquia não se limita a ser uma delimitação geográfica, é antes um espaço de relação entre os cristãos que a formam, e que se sentem unidos, acima de tudo, pelo amor a Cristo.
Cristo quer que nos amemos uns aos outros, como Ele nos ama e como ama a Sua Igreja. Por isso, convida-nos a participar na Santa Missa, a oração por excelência, que alimenta e renova a Fé de todos, manifestada em cada um segundo os seus próprios dons.
Na nossa Igreja das Antas, celebra-se diariamente a Eucaristia, que é o coração da Igreja viva e fonte de evangelização cristã. Agradecemos a Deus por esta Igreja de pedras onde nós, Igreja de homens, nos reunimos para Lhe falar e para O receber. E para o fazer, repetimos as palavras do Pároco que, há sessenta anos, mandou edificar este Templo:

No dia festivo, pôde assistir-se, na Igreja de Santo António das Antas, a um belo Concerto, proporcionado pelo Coro do Mosteiro de Grijó.
Do programa das Comemorações, destacaram-se, no dia 14 de Junho, a Missa Solene de Acção de Graças, presidida pelo Bispo Diocesano, D. Manuel Clemente; e a Bênção das novas instalações da sacristia, secretaria e capelas mortuárias.
Em seguida, decorreu um Jantar-convívio, no logradouro do Centro Social das Antas, com a participação de mais de 200 paroquianos, que foi muito agradável e alegre. Naquele espaço foi possível apreciar uma pintura mural da autoria da pintora Maria Pereira Ferreira, representando a Igreja e a imagem do «nosso» Santo António, que assinalou de forma especial a feliz efeméride. Foi também apresentado um painel evocativo, composto por 7 faixas, preenchidas por alguns grupos da Paróquia (catequese, escuteiros, utentes do centro de dia, …) com desenhos, pinturas e palavras, aludindo às próprias vivências da fé e às experiências de comunhão que vão fortalecendo a nossa comunidade paroquial.
Com alegria, compreendo que o programa comemorativo da Festa do Padroeiro e da Paróquia, por valorizar a arte como forma de expressão e por propiciar o encontro alegre de cada um com Deus e com os outros, esteve em perfeita harmonia com as intenções de oração apontadas pelo Santo Padre para os meses de Maio e de Junho de 2008. É que todos os anos, o Papa, na sua «solicitude por todas as Igrejas» (cf. 2 Cor. 11, 28), entrega ao Apostolado da Oração as suas intenções (duas intenções em cada mês, uma geral e uma missionária), para que sejam divulgadas entre os fiéis, de forma que estes possam unir-se fraternalmente em oração.
Durante o mês de Maio, Bento XVI sugeria aos fiéis que rezassem “para que os cristãos valorizem mais a literatura, a arte e os meios de comunicação, para favorecer uma cultura que defenda e promova os valores da pessoa humana.”
Em Junho, a intenção geral de oração do Santo Padre é para “que os cristãos cultivem uma amizade profunda e pessoal com Cristo, para assim poderem comunicar a força do seu amor às outras pessoas”.
Podemos, neste ambiente festivo, associar-nos a estas justas intenções, na nossa oração e no nosso viver, uma vez que a Paróquia das Antas se filia na Igreja de Cristo, presidida pelo sucessor de Pedro, e abraça a Missão de congregar e de evangelizar a humanidade.
Com certeza, o programa de comemoração dos 70 anos da nossa Paróquia ajudou a multiplicar as ocasiões em que todos, reunidos em comunidade paroquial, rezando e partilhando muito das nossas vidas, podemos crescer no que é verdadeiramente essencial, como aprendemos do exemplo e da pregação de Santo António, bem como das orientações que o Santo Padre nos transmite – no Amor incondicional a Deus e ao próximo.
  

  É a festa do Padroeiro, Santo António, que ano após ano, se celebra no dia 13 de Junho e que se traduz por um tempo de alegria e de partilha fraterna entre a comunidade paroquial, animada pelo espírito d´«Il Santo», que empregou a sua vida a defender o pobre, a denunciar o egoísmo e a trabalhar arduamente em favor da Justiça e do Bem de todos, especialmente das crianças.
Nascido por volta de 1190, recebeu o nome de Fernando de Bulhões e, muito jovem, entrou na Ordem de Santo Agostinho, vivendo primeiro no mosteiro de S. Vicente, depois no de Santa Cruz, em Coimbra. Quando aderiu à Ordem de S. Francisco, Frei António de Lisboa partiu rumo a Marrocos, com o objectivo de anunciar o Evangelho aos muçulmanos, mas uma tempestade levou-o até à Itália e, naquele país, revelou-se um inspirado pregador, diplomata e pacificador, com um elevado nível cultural, a ponto do Papa Gregório IX lhe atribuir o epíteto de «arca do testamento». Senhor de profundos conhecimentos científicos, foi também o pioneiro da Ecologia enquanto ciência e exímio conhecedor da Botânica e até da actual Zoologia.
Além de tudo, tinha uma alegria contagiante, que continua a seduzir irremediavelmente as pessoas, que, em Portugal, o veneram como Santo Popular, casamenteiro e arauto das causas perdidas.
Figura marcante do seu e de todos os tempos, faleceu no dia 13 de Junho de 1231 e, em menos de um ano, foi canonizado, num processo ímpar na história da Igreja Católica.
Hoje, «Il Santo» continua a ser uma luz e um guia para o povo cristão, e à Basílica de Pádua, onde se encontra o seu túmulo, afluem diariamente muitos peregrinos, bem como centenas de orações devotas que, um pouco por todo o Mundo, lhe são enviadas, para, através dele, chegarem a Cristo.

Na nossa Igreja, a imagem do Padroeiro ergue-se ao lado do Altar Maior, de braços flectidos em direcção ao Céu, acompanhando o olhar, num gesto de orador que, em permanente diálogo com Cristo, (e)ternamente intercede junto d’Ele, em favor dos fiéis e visitantes. Mas Santo António pode ser também, nesta representação, o orador que, discursando à assembleia da Igreja, a instrui sobre o amor, a perfeição e a vontade de Deus.
O nosso Bispo D. Manuel Clemente comenta, a seu respeito: “É um enormíssimo português. Em toda a superfície da terra, até além das fronteiras da Igreja Católica e da tradição cristã, é muito respeitado. Até em meios islâmicos e budistas tem presença e é procurado”.


“Oh! bendita seja a nossa querida Igreja de Santo António das Antas.
Que o Senhor seja louvado, porque no-la deu e que Ela continue a ser - cada vez mais - um verdadeiro lar para todos nós.”

ARQUITECTURA DA IGREJA E SIMBOLOGIA RELIGIOSA

Arquitectura da Igreja

Tem sete altares, dos quais cinco versus populum O Altar-Mor, de granito polido, é uma linda mesa de 2,50 x 1,30 x 0,30. Os laterais, como as respectivas capelas, são de mármore.
Tem capacidade para duas mil pessoas.
A torre, que mede 47 metros de altura, tem um carrilhão de 9 sinos, pesando o maior 1.500 quilos.
Os anexos são utilizados pelas repartições paroquias, salas de reunião, Centro Social de Assistência, Residência Paroquial, Catequese e Casa Funerária. Tem um Baptistério amplo e uma Capela de Casamentos razoável.

Simbologia Religiosa
Oh! bendita seja a nossa querida Igreja de Santo António das Antas.
Que o Senhor seja louvado porque no-la deu e que Ela continue a ser - cada vez mais - um verdadeiro lar para todos nós.

Lendo o cerimonial da Dedicação duma Igreja facilmente verificamos que são três asideias dominantes:
homenagem a Deus, purificação do templo e consagração dele ao Senhor.
a) Homenagem a Deus, pelo reconhecimento da sua soberania - dele é tudo; tudo nos veio dele; Ele é o Senhor! Pelo reconhecimento e confissão da nossa total dependência Dele; nada somos; nada podemos; nada valemos. Na base de todos os actos litúrgicos está sempre este pensamento. Só daqui se pode partir para a confiança nele. Como intermediários entre Deus e nós invocamos os Santos da Corte celestial. Na primeira parte das cerimónias rezam-se as Ladainhas de Todos os Santos.
b) Purificação do templo que compreende as aspersões do exterior, do interior, do pavimento e do altar; os exorcismos para afugentar os fantasmas e desalojar qualquer resto de presença dos espíritos malignos; e a separaçãodos usos profanos daquilo que vai ser apenas de Deus. As aspersões são feitas com água gregoriana, ou seja, água benzida, com sal, vinho e cinza. O sal dá sabor aos alimentos e é usado no ritual do Baptismo como símbolo do sabor que devemos encontrar nas coisas divinas; Jesus Cristo disse que os seus apóstolos deviam ser o sal da terra.
O vinho alimenta e alegra o coração do homem, e lembra-nos logo o primeiro milagre público, em Caná da Galileia, operado por Jesus Cristo, e lembra o maior milagre de Jesus que o utilizou para ficar connosco, sob a forma de comida e bebida da nossa alma no Sacrifício do Altar. A cinza lembra-nos o nosso nada, e fragilidade e inconstância do homem, a penitência dos Judeus e Ninivitas que também nós devemos imitar. A água lembra-nos logo o dilúvio que sepultou nos seus abismos a maldade dos homens viciados; lembra a libertação do povo de Deus perseguido pelos egípcios que o Mar Vermelho afogou; lembra o baptismo de penitência administrado por João Baptista, no rio Jordão, a quantos vinham a ele e também ao Salvador; e recorda ainda o nosso próprio Baptismo em que somos gerados para a vida Divina e nos tornamos filhos adoptivos de Deus, membros da Igreja e templos da Santíssima Trindade. A ideia inicial destas aspersões foi desalojar do seu poiso o demónio, quando os templos pagãos eram dedicados ao Deus verdadeiro.
c) Consagração a Deus que principia pela tomada de posse, continua pelas unções e termina com a celebração do Santo Sacrifício. O Pontífice toma posse da Igreja escrevendo os alfabetos latino e grego na Cruz de St.º André feita com areia ou cinza na entrada da Igreja. Chama-se Cruz de Santo André à Cruz com os quatro braços iguais, em forma de aspa, ou seja de um instrumento de suplício em forma de x em que foi martirizado o apóstolo Santo André. As unções feitas com o Santo Crisma nas doze cruzes das paredes da Igreja que lembram os doze apóstolos chamados pelo Cordeiro de Deus para continuadores da sua Missão marcam, «crismam», para sempre o templo. Cristo quer mesmo dizer ungido porque o Senhor Jesus é o Ungido o Cristo de Deus.
A Celebração do Sacrifício Eucarístico é a coroa de toda a cerimónia. O Altar, depois de purificado com água gregoriana é ungido também com o Santo Crisma e santificado com o incenso benzido que nele é queimado nas cinco cruzes gravadas na sua mesa. Estes ritos recordam idênticas cerimónias da Antiga Lei. Com efeito Moisés aspergiu sete vezes o altar em que ofereceu ao Senhor sacrifícios de animais; ungiu com o sangue das vítimas oferecidas a Deus, as extremidades do altar e a sua ligação à base; mandou queimar incenso sobre o altar que tinha ungido para aromatizar o ambiente - Êxodo, XXIX, 12.
Jacob, ao dedicar o altar ao Sonhar, espalhou azeite sobre a mesa de pedra -Génesis XXVIII, 18.
A deposição das Santas Relíquias no Altar converte-o em túmulo de Mártires no qual pode celebrar-se a Santa Missa. Essa celebração é o grande acto da Dedicação.
É a imediata utilização do templo que acaba de ser dedicado ao Senhor. Mas quando a Celebração não é só do Bispo ou dum sacerdote apenas, mas de vários, o esplendor, o brilho, a coroa é muito maior. Quanto maior for o número dos Concelebrantes maior é a apoteose ao Senhor a quem nada dá tanta glória como a Santa Missa. A dedicação da Igreja de Santo António das Antas será rematada com a Concelebração de 15 sacerdotes.
Que Deus seja louvado e para sempre bendito!

(Pensamentos de duas homilias preparatórias da Dedicação).

CAPELA DE CONTUMIL


A capela de Santo António de Contumilfoi recentemente adquirida pela paróquia de Santo António das Antas.

A sua aquisição fora desde sempre um desejo do “Senhor Abade”, Cónego Joaquim Carvalho de Sousa e acalentada pelo Padre José Lopes Baptista, sobretudo a partir da celebração centenária do seu nascimento.

A capela fazia parte da quinta de Santo António de Contumil,tendo sido mandada construir em 1634 por António Carvalho, cidadão da cidade do Porto, para si e sua família, como podemosconfirmar pela inscrição que encima a entrada principal, e pela consultado livro, entre outros, “Um Porto de Memórias”, editado pelaFundação para o DesenvolvimentoSocial do Porto.

Ao longo de quase 400 anos, apesar de ser um templo de propriedade privada, foi sem dúvida o exclusivo espaço de culto para os habitantes daquele lugar, que ali alimentaram uma devoção especial a Santo António. Além de na capela se ter celebrado, provavelmente desde a sua edificação, a eucaristia de todos os domingos e diassantos, serviu de estrutura para várias actividades, nomeadamente para a catequese e aí nasceu o agrupamento dos Escuteiros de Santo António das Antas.

A dificuldade em conseguir sacerdote levou a que presentemente a celebração dominical seja apenas quinzenal, alternadamente com a capela de Nossa Senhora da Conceição de Belém.

É sem dúvida um motivo de júbilo a aquisição desta “jóiaespiritual”, que será, como esperamos, um polo aglutinador para a Fé e para o crescimento em comunidade de todos quantos ali vivem.

Como nos dizia o nosso Pároco na folha dominical do Baptismo do Senhor, será grande a alegria do Cónego Joaquim, lá no Céu, com este gesto que fizemos em sua memória. A elaassociamos o Padre Fernando Teixeira Dias, que recentemente partiu para a Casa do Pai e durante tantos anos acompanhou de um modo particular esta comunidade, a quemchamávamos, com carinho e amizade, “Abade de Contumil”. 

CAPELA DE BELÉM


Fachada principal da Capela do Palacete do Instituto Municipal Condessa de Lumbrales, na Rua de Belém ao Bairro de Costa Cabral, em Campanhã


cerimónia  de benção solene da capela do Internato Municipal Condessa de Lumbrales,  atual capela de Belém, foi oficiada pelo pároco de Santo António das Antas, Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa.   1953/12/07