quinta-feira, 1 de janeiro de 1970

ETAPAS IMPORTANTES DA COMUNIDADE

Paróquia de Santo António das Antas Cidade do Porto

Efemérides Paroquiais
13 de Junho de 1935
Um grupo de 7 católicos pede pessoalmente ao Bispo Diocesano D. António Augusto de Castro Meireles a criação duma Paróquia e a construção da Igreja Paroquial na zona das Antas na cidade do Porto

13 de Junho 1936
O referido Bispo Diocesano benze a 1ª pedra da Igreja Paroquial de Santo António das Antas Porto

13 de Junho de 1937
O Prelado Diocesano celebra a 1ª. Missa na cripta da Igreja em Construção

13 de Junho de 1938
Por decreto do mencionado Bispo Diocesano é criada a Paróquia de Santo António das Antas com sede na referida cripta, Actual Centro Social das Antas.

13 de Junho de 1938
Por decreto Episcopal o Padre Crispim Gomes Leite é nomeado Pároco da Paróquia de Santo António das Antas da cidade do Porto

25 de Janeiro 1941
Por decreto do Bispo Diocesano o Padre Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa é nomeado Pároco de Santo António das Antas Porto.

13 de Junho de 1948
O Prelado Diocesano D. Agostinho de Jesus e Sousa Benze  solenemente a primeira pedra da actual Igreja Paroquial de Santo António das Antas cidade do Porto

6 de Junho 1954
O Prelado Diocesano D. António Ferreira Gomes Benze solenemente a Igreja Paroquial de Santo António das Antas iniciando-se assim o culto paroquial com missa solene e assistência do Pontifical

13 de Junho de 1967
O Administrador Apostólico da Diocese do Porto D. Florentino Andrade Silva celebra a dedicação ao Senhor da Igreja Paroquial de Santo António das Antas e Sagra o Altar Maior.

31 de Dezembro de 1967
O Bispo Auxiliar do Porto, D. Alberto Cosme do Amaral, celebra a Sagração dos Altares Menores da Igreja Paroquial de Santo António das Antas Porto.

8 de Dezembro 1985
O Arcebispo Bispo do Porto D. Júlio Tavares Rebimbas Benze solenemente o Santo Cristo entronizado na Capela More da Igreja Paroquial de Santo António das Antas, Porto

25 de Janeiro de 1991
O  Cónego Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa celebra as suas Bodas de Ouro Paroquiais
LAUS DEO 25 JANEIRO 1991

Cidade do Porto Zona das Antas 

Moradores que pediram a criação da Paróquia de Santo António das Antas 
13 de Junho 1935
Padre António Ferreira Botelho – Professor no Liceu Alexandre Herculano 
Dr. António Barbosa – Reitor do Liceu de Alexandre Herculano
António Patoilo – Comerciante
Artur de Sousa Monteiro – Agente Comercial
Eduardo Alves Carneiro – Comerciante
Hernâni Saraiva Padrão – Proprietário
Narciso da Silva Matos – Solicitador

25 de Janeiro de 1991
AD. PERPETUAM REI MEMORIAM 


  A 13 de Junho de 1938, na nossa “mui nobre e leal cidade do Porto”, por decreto episcopal de D. António Augusto de Castro Meireles, era criada a Paróquia de Santo António das Antas, cujo primeiro Pároco foi o Padre Crispim Gomes Leite.
Três anos mais tarde, o saudoso Padre Joaquim Teixeira Carvalho de Sousa foi nomeado Pároco desta Paróquia, ministério que exerceu até à data do seu falecimento, em 22 de Dezembro de 2003. Por orientação sua, foi erigida a actual Igreja de Santo António das Antas, obra que se iniciou há 60 anos, com a bênção da primeira pedra em 13 de Junho de 1948. Seis anos mais tarde, quando a Igreja ainda “sem frontaria, paredes nuas e descarnadas, sem torre, sem residência paroquial, com portas e soalho de pinho, com altares velhos, com o coro tapado por tijolo” foi benzida e nela se iniciou o culto paroquial, o então Abade das Antas apelava à boa-vontade dos paroquianos, para concluir as obras em falta: “Quero deixar aqui o meu agradecimento a quantos levantaram esta obra, e fazer votos para que dentro de breve tempo não haja nenhum paroquiano que não tenha na sua Igreja Paroquial sangue do que lhe gira nas veias...”
Depois que o Cónego Joaquim partiu para a Casa do Pai, foi nomeado nosso Pároco, por D. Armindo Lopes Coelho, o Padre António José Rodrigues Bacelar. Foi ele o impulsionador das Obras de Reformulação realizadas em diversos espaços da Igreja, nomeadamente, nas Capelas Mortuárias, na Sacristia, na Secretaria e outros locais de apoio ao culto, recentemente concluídas. No entanto, os elevados custos associados a esta intervenção, que a todos veio beneficiar, só poderão ser pagos, uma vez mais, com a generosidade dos paroquianos, especialmente inspirados à partilha, nesta quadra, pela graça de Santo António.

Este ano, assinalaram-se, pois, no dia 13 de Junho, os 70 anos da criação da nossa Paróquia e os 60 anos da bênção da primeira pedra da actual Igreja.
A Paróquia não se limita a ser uma delimitação geográfica, é antes um espaço de relação entre os cristãos que a formam, e que se sentem unidos, acima de tudo, pelo amor a Cristo.
Cristo quer que nos amemos uns aos outros, como Ele nos ama e como ama a Sua Igreja. Por isso, convida-nos a participar na Santa Missa, a oração por excelência, que alimenta e renova a Fé de todos, manifestada em cada um segundo os seus próprios dons.
Na nossa Igreja das Antas, celebra-se diariamente a Eucaristia, que é o coração da Igreja viva e fonte de evangelização cristã. Agradecemos a Deus por esta Igreja de pedras onde nós, Igreja de homens, nos reunimos para Lhe falar e para O receber. E para o fazer, repetimos as palavras do Pároco que, há sessenta anos, mandou edificar este Templo:

No dia festivo, pôde assistir-se, na Igreja de Santo António das Antas, a um belo Concerto, proporcionado pelo Coro do Mosteiro de Grijó.
Do programa das Comemorações, destacaram-se, no dia 14 de Junho, a Missa Solene de Acção de Graças, presidida pelo Bispo Diocesano, D. Manuel Clemente; e a Bênção das novas instalações da sacristia, secretaria e capelas mortuárias.
Em seguida, decorreu um Jantar-convívio, no logradouro do Centro Social das Antas, com a participação de mais de 200 paroquianos, que foi muito agradável e alegre. Naquele espaço foi possível apreciar uma pintura mural da autoria da pintora Maria Pereira Ferreira, representando a Igreja e a imagem do «nosso» Santo António, que assinalou de forma especial a feliz efeméride. Foi também apresentado um painel evocativo, composto por 7 faixas, preenchidas por alguns grupos da Paróquia (catequese, escuteiros, utentes do centro de dia, …) com desenhos, pinturas e palavras, aludindo às próprias vivências da fé e às experiências de comunhão que vão fortalecendo a nossa comunidade paroquial.
Com alegria, compreendo que o programa comemorativo da Festa do Padroeiro e da Paróquia, por valorizar a arte como forma de expressão e por propiciar o encontro alegre de cada um com Deus e com os outros, esteve em perfeita harmonia com as intenções de oração apontadas pelo Santo Padre para os meses de Maio e de Junho de 2008. É que todos os anos, o Papa, na sua «solicitude por todas as Igrejas» (cf. 2 Cor. 11, 28), entrega ao Apostolado da Oração as suas intenções (duas intenções em cada mês, uma geral e uma missionária), para que sejam divulgadas entre os fiéis, de forma que estes possam unir-se fraternalmente em oração.
Durante o mês de Maio, Bento XVI sugeria aos fiéis que rezassem “para que os cristãos valorizem mais a literatura, a arte e os meios de comunicação, para favorecer uma cultura que defenda e promova os valores da pessoa humana.”
Em Junho, a intenção geral de oração do Santo Padre é para “que os cristãos cultivem uma amizade profunda e pessoal com Cristo, para assim poderem comunicar a força do seu amor às outras pessoas”.
Podemos, neste ambiente festivo, associar-nos a estas justas intenções, na nossa oração e no nosso viver, uma vez que a Paróquia das Antas se filia na Igreja de Cristo, presidida pelo sucessor de Pedro, e abraça a Missão de congregar e de evangelizar a humanidade.
Com certeza, o programa de comemoração dos 70 anos da nossa Paróquia ajudou a multiplicar as ocasiões em que todos, reunidos em comunidade paroquial, rezando e partilhando muito das nossas vidas, podemos crescer no que é verdadeiramente essencial, como aprendemos do exemplo e da pregação de Santo António, bem como das orientações que o Santo Padre nos transmite – no Amor incondicional a Deus e ao próximo.
  

  É a festa do Padroeiro, Santo António, que ano após ano, se celebra no dia 13 de Junho e que se traduz por um tempo de alegria e de partilha fraterna entre a comunidade paroquial, animada pelo espírito d´«Il Santo», que empregou a sua vida a defender o pobre, a denunciar o egoísmo e a trabalhar arduamente em favor da Justiça e do Bem de todos, especialmente das crianças.
Nascido por volta de 1190, recebeu o nome de Fernando de Bulhões e, muito jovem, entrou na Ordem de Santo Agostinho, vivendo primeiro no mosteiro de S. Vicente, depois no de Santa Cruz, em Coimbra. Quando aderiu à Ordem de S. Francisco, Frei António de Lisboa partiu rumo a Marrocos, com o objectivo de anunciar o Evangelho aos muçulmanos, mas uma tempestade levou-o até à Itália e, naquele país, revelou-se um inspirado pregador, diplomata e pacificador, com um elevado nível cultural, a ponto do Papa Gregório IX lhe atribuir o epíteto de «arca do testamento». Senhor de profundos conhecimentos científicos, foi também o pioneiro da Ecologia enquanto ciência e exímio conhecedor da Botânica e até da actual Zoologia.
Além de tudo, tinha uma alegria contagiante, que continua a seduzir irremediavelmente as pessoas, que, em Portugal, o veneram como Santo Popular, casamenteiro e arauto das causas perdidas.
Figura marcante do seu e de todos os tempos, faleceu no dia 13 de Junho de 1231 e, em menos de um ano, foi canonizado, num processo ímpar na história da Igreja Católica.
Hoje, «Il Santo» continua a ser uma luz e um guia para o povo cristão, e à Basílica de Pádua, onde se encontra o seu túmulo, afluem diariamente muitos peregrinos, bem como centenas de orações devotas que, um pouco por todo o Mundo, lhe são enviadas, para, através dele, chegarem a Cristo.

Na nossa Igreja, a imagem do Padroeiro ergue-se ao lado do Altar Maior, de braços flectidos em direcção ao Céu, acompanhando o olhar, num gesto de orador que, em permanente diálogo com Cristo, (e)ternamente intercede junto d’Ele, em favor dos fiéis e visitantes. Mas Santo António pode ser também, nesta representação, o orador que, discursando à assembleia da Igreja, a instrui sobre o amor, a perfeição e a vontade de Deus.
O nosso Bispo D. Manuel Clemente comenta, a seu respeito: “É um enormíssimo português. Em toda a superfície da terra, até além das fronteiras da Igreja Católica e da tradição cristã, é muito respeitado. Até em meios islâmicos e budistas tem presença e é procurado”.


“Oh! bendita seja a nossa querida Igreja de Santo António das Antas.
Que o Senhor seja louvado, porque no-la deu e que Ela continue a ser - cada vez mais - um verdadeiro lar para todos nós.”

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