CaFé com Pais em 28 de outubro de 2012
Crer
para Crescer, Crescer a Crer
No
domingo, 28 de outubro de 2012, Vítor Teixeira, psicólogo e membro da
comunidade paroquial das Antas, conversou com
cerca de vinte Pais e Avós de meninos da nossa catequese sobre Crer para
Crescer, Crescer a Crer, na primeira sessão do CaFé com Pais deste ano
pastoral.
A
Psicologia reconhece a importância da espiritualidade que alimenta a Esperança
para o desenvolvimento humano. Vítor
Teixeira entendeu abordar o tema numa perspetiva não religiosa.
Todos temos crenças sobre nós
próprios e aquilo em que cremos sobre nós determina as nossas atitudes e
comportamentos.
Como
se formam essas crenças sobre nós próprios? Elas resultam das experiências de
vida, de aprendizagens formais e informais, das interpretações que fazemos do
que se passa à nossa volta, das avaliações de pessoas com significado para nós.
O
que acreditamos sobre nós próprios é que nos torna únicos, nos dá identidade,
nos distingue dos demais. Estas crenças que vamos construindo sobre nós mesmos
formam-se a partir das autoimagens que de nós temos. Os outros, mais próximos
ou mais distantes, com quem nós convivemos constituem como que um espelho que
nos dá essas imagens sobre as diferentes dimensões da nossa existência. Podem
dar uma imagem positiva da vida académica, mas negativa quanto às competências
sociais, desportivas, artísticas ou vice-versa.
Com
estas imagens que, a partir das perceções que julgamos que os outros têm,
constituise um autoconceito que pode ser globalmente positivo ou negativo. Deve
ser realista, isto é, ajustado à realidade para que se possam desenvolver
processos de melhoria.
Se
este autoconceito diferir muito do autoconceito ideal que cada um tem de si, ou
seja, de como gostaria de ser –
fisicamente, socialmente, academicamente, profissionalmente… - então a
autoestima será baixa. Se for aproximado, a autoestima é elevada.
Os
nossos filhos estão a construir autoimagens sobre si mesmos que estão na base
do seu autoconceito global – não
presto para nada, os meninos dizem que sou um trapalhão, não me querem na equipa deles, sou o
mais popular – e nós
como Pais e educadores contribuímos para elas.
A
esta luz, cabe-nos um papel insubstituível no crescimento dos nossos filhos
sendo para eles modelos de confiança, de que acreditamos em nós mesmos.
Ajudá-los-emos proporcionandolhes experiências de sucesso que
podem ser coisas tão simples como pedirmos-lhes ajuda para uma tarefa doméstica
simples e elogiar o seu desempenho, valorizar sempre o que fazem bem.
Mas, compete-nos também a
difícil tarefa de os ajudarmos a ajustar as suas expetativas: vou ser o Cristiano Ronaldo, uma grande vedeta da música ou da televisão. Devemos valorizar mais o processo do que os resultados, isto é, o esforço e progressos realizados do que o lugar obtido no ranking final. Havemos de evitar liminarmente assumir como nossos os sonhos de elevada improbabilidade dos nossos filhos ou, pior ainda, criá-los, transpondo para eles o que gostaríamos de ter sido.
Valorizar a relação, as pequenas conquistas, sugerir outras experiências e caminhos, fazê-los sentir que os amamos incondicionalmente, mesmo quando não são tão bons assim em algumas atividades.
Foi
com o contributo de vários dos presentes, a partir da exposição de Vítor
Teixeira, que chegamos a estas conclusões
que são desafios para a nossa missão de Pais.
Num
próximo Café com Pais conversaremos sobre a importância da Fé cristã na
formação dos nossos filhos e netos
como pessoas.
Porto
4 de novembro de 2012
Paulo
Melo
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