Domingo de Ramos: A fidelidade
A Aliança no Sinai tinha sido selada com o sangue de animais (Ex 24,8): os sacrifícios de animais são substituídos agora por um sacrifício novo, cujo sangue de Cristo realiza eficazmente a união definitiva entre Deus e os homens. Em Cristo, o Servo Sofredor, cumpre-se, com o dom da Sua própria vida, a promessa da nova Aliança: graças ao Sangue de Jesus mudam-se os corações e é-nos dado o Espírito de Deus. Pode perspetivar-se aqui a Cruz, como arco quebrado e novo arco-íris, que liga o céu e a terra, Deus e os homens (Bento XVI, Homilia no Domingo de Ramos, 9.4.2006).
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***********A caminho da Páscoa em família e com as famílias,
*************em comunhão com a COMUNIDADE.
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A Semana Santa dos cristãos conduz-nos, pela porta do Domingo de Ramos, ao coração do Mistério Pascal celebrado no Tríduo sagrado da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Para entrar neste mistério, todos os anos a Igreja oferece espaços dilatados e tempos prolongados, palavras preciosas e gestos intensos para o encontro comunitário com o Senhor. No corpo da Igreja, que assume o rosto concreto da comunidade, a Páscoa inscreve na pessoa do crente uma marca de pertença, um pacto de aliança.
A Páscoa de 2021 será a segunda consecutiva a ser celebrada em tempo de pandemia. Felizmente, uma evolução favorável no nosso país, tornou possível o regresso às celebrações na Igreja, com participação presencial dos fiéis. Mesmo com adaptações e restrições, com todas as cautelas e a adoção das medidas de proteção conhecidas, acorramos às nossas Igrejas, onde floresce o Espírito e onde a comunhão pode ser sacramental e mais plena, não apenas de desejo. Mas sem abandonar os bons hábitos da oração familiar, entretanto recuperados ou adquiridos.
O subsídio posto à disposição das famílias e pessoas individuais não é, portanto, um substituto equivalente das celebrações da Igreja, mesmo para aqueles que estão infelizmente impedidos de participar presencialmente das celebrações comunitárias. É, sim, uma proposta de oração familiar em ordem a preparar melhor ou aprofundar as celebrações do Mistério Pascal que têm lugar nas Igrejas catedrais e paroquiais, proporcionando também algum alimento à vida espiritual dos fiéis que não podem deslocar-se para fora dos seus domicílios.
Propõem-se as palavras e os gestos da Liturgia: leituras, salmos, preces, sinais: um ramo de oliveira, ou o rebento de uma planta primaveril, para entrar na Semana Santa; o Crucifixo, retirado da parede e mantido próximo, diante dos olhos, no lugar dedicado à oração; uma vela que se acende e reacende, com especial intensidade na noite da Vigília; as Escrituras, reabertas para que reencontrem voz; a imagem da Virgem, Mãe da Igreja em oração; a água que faz memória do Batismo; o pão de cada dia e o vinho da festa sem os quais não se celebra o memorial sacramental da Páscoa da
nova aliança.
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